Você sabe o que é Andragogia na educação corporativa?

Descubra o que é andragogia e como esse conceito é fundamental para conquistar melhores resultados na educação corporativa.

O que é Andragogia? Voltando no tempo..

Andragogia é o método que fundamenta a forma como nós, adultos, aprendemos. Apesar de a educação de adultos existir há séculos...

Vamos fazer uma pausa aqui para voltar no tempo...

Confúcio e Lao Tsé na China, Jesus nos tempos bíblicos, Aristóteles, Sócrates e Platão na Grécia antiga eram professores de adultos, e não de crianças. O termo Andragogia só foi originalmente citado pelo educador alemão Alexander Kapp em 1833.

Mas foi em 1970 que a Andragogia e a aprendizagem de adultos se popularizaram e ganharam força, com o educador americano Malcolm Knowles.

Andragogia é o mesmo que Pedagogia? Qual a diferença?

 

A principal diferença entre a aprendizagem das crianças, orientada pela pedagogia, e a dos adultos está no próprio processo de aprendizagem.

Na Pedagogia, as crianças têm uma maior dependência do professor, que é visto como aquele que detém do conhecimento, a principal fonte de transmissão de conteúdo, aquele que determina o quê, como e quando aprender.

Já na Andragogia, quem está no centro do processo é o aprendiz, que tem uma maior autonomia e responsabilidade por suas próprias decisões em relação ao que e como quer aprender.

Além disso, ao contrário do que ocorre com as crianças, a experiência de vida do aluno adulto é parte importante do processo de aprendizagem e conta tanto quanto o conhecimento e a expertise do facilitador. Assim, a aprendizagem acontece em uma via de mão dupla.

6 princípios da Andragogia

 

1. Necessidade de saber

Por que você está me ensinando isso? Antes de nos empenharmos em aprender alguma coisa, nós, adultos, queremos saber o porquê precisamos dessa aprendizagem, ou seja, precisamos primeiro tomar consciência dessa necessidade de saber.

Na educação corporativa não é diferente: é preciso ajudar os colaboradores a entenderem o porquê precisam aprender algo, o porquê isso será importante para elas, que problemas reais do dia a dia delas esse novo aprendizado ajudará a resolver. Caso contrário, haverá pouco engajamento e participação.

2. Autoconceito do aprendiz

Como posso ser independente para aprender de forma autônoma e autodirigida? Como adultos, precisamos nos sentir responsáveis por nossas próprias decisões e por nossas próprias vidas. E, na aprendizagem, não é diferente.

Queremos ser vistos e tratados pelos outros como capazes de nos autodirigir, queremos ter um papel ativo no nosso próprio processo de aprendizagem. Isso significa que tendemos a resistir a tudo que for imposto ou se sentirmos que estamos sendo tratados como crianças.

Queremos autonomia e liberdade para construir nossas próprias reflexões e conclusões.


3. O papel das experiências

Como você aproveitará as minhas experiências? Nós, adultos, chegamos para uma atividade educacional com a bagagem cheia de experiências que acumulamos ao longo da vida, e o mínimo que esperamos é que elas sejam consideradas.

A troca, o compartilhamento, as discussões, as atividades de resolução de problemas, enfim, todas as atividades que forem planejadas com espaços para que as pessoas possam compartilhar suas experiências são as que serão sempre as mais eficazes.

O desafio está em ser capaz de aproveitar esses recursos valiosos para construir novos aprendizados. E como facilitador, faça isso ou aquilo para estimular..

4. Prontidão para aprender

Quais problemas vou resolver com isso que você quer que eu aprenda? Queremos saber o que vamos ganhar com isso. As experiências de aprendizagem devem estar conectadas com as nossas necessidades para resolver questões e desafios que enfrentamos no dia a dia.

Se não for relevante ou útil, não haverá predisposição para aprender. Simples assim.

5. Orientação para a aprendizagem

Estou aprendendo matérias ou ganhando ferramentas? Damos valor quando percebemos que a nossa história de vida, principalmente a atual, é levada em consideração, com apresentação de exemplos que reflitam a nossa realidade.

Com isso, mais do que conhecimento, passamos a ganhar também novas ferramentas e novas habilidades que nos ajudarão a executar tarefas ou resolver problemas reais do nosso dia a dia.

Precisamos compreender claramente a conexão do que está sendo aprendido com a sua aplicação em situações reais da nossa vida.

Na educação corporativa é preciso estimular exemplos, fazer conexões, representações, simulações para estimular a troca de conhecimento entre a equipe..

6. Motivação

Lembra daquela pergunta "E daí que isso cai na prova? O que estou ganhando com isso?"

O aprendizado é eficaz se estamos motivados a crescer e nos desenvolver, e não porque “alguém” mandou a gente participar de um treinamento. Respondemos melhor a tudo aquilo que tenha valor, significado e conexão com a nossa vida, do que com aquilo que está distante da nossa realidade.

Mostre aos colaboradores claramente qual recompensa pessoal essa aprendizagem trará para nossa vida.

 

💡Aproveite para ler: Como a ferramenta GTD pode te ajudar a melhorar os resultados dos treinamentos?

 

7. Autodirigir

Na prática, isso quer dizer que nós aprendemos melhor quando nossas necessidades, experiências de vida, nossos interesses, autoconceitos e nossas diferenças individuais são levados em consideração, assim como quando temos espaço e autonomia para fazer escolhas sobre nosso próprio processo de aprendizagem.

O aprendiz autodirigido que assume para si a responsabilidade do seu desenvolvimento e de sua carreira é protagonista do seu autodesenvolvimento e, consequentemente, é mais empoderado.

A abordagem andragógica reconhece ainda que os aprendizes não são todos iguais e, por isso, as diferenças individuais precisam ser consideradas em espaços de troca e compartilhamento.

Conhecer e entender como nós adultos aprendemos é fundamental em uma estratégia de educação corporativa.

 

O que você precisa para planejar suas experiências de aprendizagem usando os princípios da Andragogia?

• Trazer clareza dos porquês que motivarão esses adultos a aprender.
• Explicar os porquês de estarem por trás de algo que está sendo ensinado; como isso se aplica ao contexto em que os adultos estão inseridos e como ajuda a resolver problemas reais que eles enfrentam no dia a dia.
• Orientar a aprendizagem para a solução de problemas, e não para a transmissão de conteúdo ou memorização.
• Dar espaço para que as pessoas contribuam com suas experiências.
• Promover atividades e experiências que permitam que as pessoas construam seu processo de aprendizagem e descubram por si só suas próprias reflexões e conclusões.
• Concentrar mais no processo de aprendizagem e menos no conteúdo.

Espero que você tenha gostado das dicas sobre como adultos aprendem. Essa compreensão é fundamental para personalizar as experiências de aprendizagem.

 

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